Banco Africano de Desenvolvimento planeja financiar US$ 1,78 bilhão para a Namíbia até 2030

O Banco Africano de Desenvolvimento planeja colocar à disposição da Namíbia cerca de US$ 1,78 bilhão em financiamentos nos próximos anos, priorizando projetos de transporte, energia e recursos hídricos dentro de uma estratégia de apoio ao crescimento econômico entre 2025 e 2030. O pacote, estruturado como um plano-país de médio prazo, poderá ser ajustado em uma revisão intermediária e combina principalmente empréstimos com uma parcela de recursos a fundo perdido, voltados a destravar investimentos e reduzir gargalos de infraestrutura.

Estratégia de investimento para infraestrutura e capital humano

De acordo com documentos de estratégia do Banco Africano de Desenvolvimento, os US$ 1,78 bilhão se inserem em um plano para transformar a economia namibiana e torná-la mais inclusiva, com horizonte de execução entre 2025 e 2030. O foco central é financiar corredores de transporte, linhas de energia e sistemas de água e saneamento que reduzam custos logísticos, elevem a produtividade e consolidem a Namíbia como um polo regional de escoamento de cargas no sul do continente.

Outro eixo relevante da estratégia é o fortalecimento do capital humano, com investimentos previstos em formação técnica e profissional, apoio a micro, pequenas e médias empresas e ações voltadas ao aumento da participação econômica das mulheres. A iniciativa busca enfrentar desafios estruturais como o desemprego entre jovens, que supera 40%, e a queda da renda per capita observada na última década, combinando grandes obras com programas de geração de empregos e diversificação produtiva além da mineração e da agricultura.

Potencial de transformação econômica e energética

As autoridades namibianas veem na parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento uma oportunidade para ampliar o acesso à eletricidade, hoje em torno de 60% da população, e avançar rumo à cobertura quase universal enquanto expandem fontes renováveis e projetos de hidrogênio verde. Melhorias em estradas, portos e ferrovias também são apresentadas como essenciais para aprofundar a integração comercial com países vizinhos, como Angola e Zâmbia, e aproveitar plenamente acordos como a Área de Livre Comércio Continental Africana.

Ao mesmo tempo, a Namíbia desponta como nova fronteira para companhias globais de energia, após descobertas relevantes de petróleo offshore, e pretende iniciar sua primeira produção de petróleo bruto até 2030, o que pode reconfigurar o peso do setor de recursos naturais na economia local. A combinação entre esse potencial de receitas futuras, investimentos em infraestrutura e fortalecimento de capacidades produtivas é vista pelo banco de desenvolvimento como um caminho para aumentar a resiliência do país frente a choques externos, diversificar exportações e sustentar um crescimento mais amplo e inclusivo nos próximos anos.


Texto elaborado de forma original, com base em informações de agências de notícias e veículos especializados, sem reprodução literal do conteúdo das matérias citadas.

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Data original da publicação: 04/12/2025

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