O Governo Federal anunciou um aporte de R$ 12 bilhões na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, Pernambuco. O investimento, que representa a principal obra do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) no estado, marca um passo significativo para a integração entre a infraestrutura portuária e o sistema de transportes ferroviários da região nordestina, especialmente com a Ferrovia Transnordestina. A cerimônia de anúncio contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, consolidando um compromisso histórico com o desenvolvimento econômico do Nordeste.
Ampliação estratégica da capacidade produtiva
O projeto de expansão da Rnest prevê elevar a capacidade de produção de 130 mil para 260 mil barris por dia até 2029, praticamente dobrando a atual capacidade de processamento de petróleo bruto da unidade. Os investimentos serão concentrados na construção do segundo conjunto de unidades, conhecido como Trem 2, além da implementação de uma usina termelétrica e outras infraestruturas complementares. Essa modernização posicionará a Rnest como uma das refinarias mais avançadas do Brasil, reforçando a segurança energética nacional e a competitividade da Petrobras no mercado internacional.
Geração de empregos e dinamização econômica
A expansão da Rnest gerará aproximadamente 30 mil empregos diretos e indiretos ao longo do período de construção, trazendo dinamismo econômico significativo para Pernambuco e o Nordeste. Além dos postos de trabalho, o projeto mobilizará investimentos complementares em infraestrutura portuária, dragagem de canais e modernização de sistemas operacionais em Suape. Esses efeitos multiplicadores potencializam não apenas a renda local, mas também fortalecem cadeias produtivas e serviços especializados na região.
Integração com a Transnordestina como fator crítico
A conexão entre a expansão da Rnest e a Ferrovia Transnordestina emerge como um elo estratégico para o escoamento eficiente da produção refinada. A Transnordestina, com 1,2 mil quilômetros de extensão e orçamento total de aproximadamente R$ 15 bilhões, está em estágio avançado de construção, com 75% de execução já concluída. O trecho que conecta Salgueiro, em Pernambuco, até o Porto de Suape é vital para garantir que a Petrobras possa distribuir seus derivados com maior velocidade e menores custos logísticos, criando um corredor integrado de transporte e comercialização que beneficiará toda a cadeia de valor do setor energético.
Suape: transformação em polo logístico de classe mundial
O Porto de Suape está em processo de transformação estrutural, com investimentos de R$ 1,8 bilhão previstos até 2030. Entre as iniciativas, destaca-se o terminal de contêineres da APM Terminals, com aporte de 300 milhões de euros, que entrará em operação em 2026 como o primeiro terminal totalmente elétrico do Brasil. A dragagem do canal para 16,4 metros de profundidade e a requalificação do molhe de proteção ampliarão a capacidade operacional de receber navios de grande porte, aumentando em 55% a capacidade de movimentação de cargas do complexo portuário.
Impacto na movimentação de cargas e petróleo
Os números de movimentação em Suape já refletem o potencial de crescimento. Em setembro de 2025, o porto movimentou 2,2 milhões de toneladas, registrando alta de 10,33% em relação ao ano anterior. A movimentação de granel líquido atingiu 1,4 milhão de toneladas, impulsionada pelo crescimento de 84,48% na movimentação de petróleo bruto, diretamente vinculado às operações da Rnest. Essa trajetória ascendente tende a se acelerar com a conclusão dos projetos de expansão previstos para os próximos anos.
Visão de futuro para o Nordeste
A expansão da Rnest e o crescimento de Suape mostram que o Nordeste voltou a ser prioridade. O que vemos agora confirma a soberania do nosso país e a força da Petrobras, a nossa maior empresa, gerando desenvolvimento, dignidade e benefícios diretos ao povo brasileiro.
Presidente Lula
A declaração encapsula a importância do projeto não apenas como investimento industrial, mas como símbolo de um compromisso renovado com o desenvolvimento equilibrado e sustentável do país, particularmente da região que historicamente concentrou menos investimentos públicos e privados de grande escala.
A convergência de investimentos na Rnest, na Transnordestina e no Porto de Suape cria um ecossistema de desenvolvimento que transcende a refinaria isoladamente, gerando efeitos multiplicadores em toda a economia pernambucana e nordestina. Com essas obras estruturantes em andamento, a região posiciona-se para uma nova fase de crescimento, consolidando seu potencial como polo estratégico de energia, logística e inovação tecnológica no Brasil.
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Data original da publicação: 02/12/2025