Em uma iniciativa sem precedentes no sistema de bancos multilaterais de desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) e o Grupo Banco Mundial anunciaram nesta quinta-feira os primeiros dois projetos sob o inovador modelo de cofinancing chamado Full Mutual Reliance Framework. A ação visa simplificar processos, eliminar burocracia redundante e acelerar a entrega de resultados concretos para pequenos estados insulares do Pacífico que enfrentam desafios críticos de infraestrutura e saúde pública.
Framework inovador redefine cooperação institucional
O Full Mutual Reliance Framework representa a primeira aliança de sua magnitude entre instituições financeiras multilaterais. A estrutura permite que os países clientes trabalhem com um único credor líder – seja o ADB ou o Banco Mundial – para gerenciar todos os aspectos do ciclo de projeto, desde o design até a avaliação final. Essa abordagem elimina a duplicação de esforços, reduz custos de transação e libera recursos técnicos e financeiros para focar na execução efetiva das obras. O presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, destacou que nações com capacidade limitada frequentemente dedicam tempo excessivo à coordenação entre credores em vez de implementar projetos.
“Nosso objetivo é tornar o financiamento para o desenvolvimento mais simples, rápido e eficaz”.
Masato Kanda, Presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento
Investimentos estratégicos em saúde e infraestrutura
Os projetos piloto beneficiam Fiji e Tonga com investimentos direcionados a suas necessidades mais urgentes. Em Fiji, a iniciativa Pacific Healthy Islands Transformation (PHIT), liderada pelo Banco Mundial com US$ 236,5 milhões, modernizará redes de atenção primária à saúde e apoiará a construção de um hospital regional de ponta para combater doenças não transmissíveis – atualmente uma das principais causas de morte nas ilhas do Pacífico. Em Tonga, o projeto Sustainable Economic Corridors and Urban Resilience (SECURE), liderado pelo ADB com financiamento combinado de US$ 120 milhões em doações, promoverá melhorias na rede de transporte da região metropolitana de Nuku’alofa, incluindo uma ponte de 720 metros sobre a lagoa Fanga’uta e sistemas de drenagem urbana.
Impacto transformador e expansão regional
As intervenções prometem reduzir o congestionamento urbano, melhorar o acesso de comunidades rurais aos mercados, ampliar a conectividade com infraestruturas críticas como aeroportos e portos, e garantir rotas seguras de evacuação durante desastres naturais, incluindo tsunamis. O presidente Ajay Banga reforçou que a parceria estabelece um novo modelo para que os bancos multilaterais operem como um sistema integrado, com cerca de 20 projetos cofinanciados adicionais já em preparação para setores como infraestrutura, energia, agronegócio, saúde e proteção social. O sucesso dessas operações pioneiras no Pacífico servirá como referência para ampliação do modelo em toda a Ásia e regiões vizinhas.
“Este framework demonstra como os bancos multilaterais de desenvolvimento podem funcionar como um sistema mais integrado”.
Ajay Banga, Presidente do Grupo Banco Mundial
Texto elaborado de forma original, com base em informações de agências de notícias e veículos especializados, sem reprodução literal do conteúdo das matérias citadas.
Data original da publicação: 04/12/2025
