Omã acaba de anunciar um movimento estratégico que coloca o país no centro da cadeia global de energia solar. O Oman Arab Bank destinou US$ 220 milhões para a construção de uma megafábrica de polisilício na Sohar Freezone, no norte do país. O projeto, que já teve início em março de 2024, representa um investimento total de US$ 1,6 bilhão e promete ser a maior instalação do gênero em todo o Oriente Médio.
Um marco para a indústria solar no Oriente Médio
A fábrica de polisilício de Omã terá capacidade produtiva suficiente para abastecer a fabricação de 40 gigawatts (GW) de módulos solares por ano. O polisilício é a matéria-prima essencial para a produção de wafers solares, que posteriormente se transformam nas células fotovoltaicas utilizadas em painéis. A escala do empreendimento reflete a ambição nacional de se tornar um hub de referência na produção de componentes críticos para a energia limpa. A complexidade da operação exige equipamentos industriais de alta precisão e uma arquitetura financeira robusta, capaz de sustentar um projeto desta magnitude.
Estratégia de diversificação econômica e apoio internacional
O investimento do Oman Arab Bank é apenas uma peça de um amplo espectro de financiamento que demonstra confiança internacional no setor. A Corporação Financeira Internacional (IFC) aportou até US$ 250 milhões, enquanto o Future Fund Omã contribuiu com US$ 156 milhões. Esse apoio multilateral reforça a estratégia de diversificação econômica do sultanato, que busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis e consolidar sua posição como centro regional de comércio, logística e energia verde. Além de gerar milhares de empregos diretos e indiretos, o projeto posiciona Omã como parceiro indispensável na transição energética global.
Impacto na cadeia global de suprimentos
A iniciativa de Omã integra uma tendência crescente no Oriente Médio e Norte da África, onde nações ricas em recursos investem pesado em manufatura local de tecnologia solar. Países como Arábia Saudita, Egito e Marrocos já despontam com projetos similares, criando uma malha regional de produção que desafia a centralização asiática do setor. Para o mercado europeu, a entrada de Omã como fornecedor de polisilício de alta pureza reduz riscos logísticos e geopolíticos, contribuindo para preços mais estáveis e maior segurança no abastecimento de painéis solares. A fábrica da Sohar Freezone é, portanto, mais que um empreendimento industrial: é um ativo estratégico para a resiliência da cadeia de suprimentos de energia renovável em escala planetária.
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Fonte: https://www.pvknowhow.com/news/oman-solar-manufacturing-220m-powers-impressive-factory/
Data original da publicação: 06/12/2025