Três consórcios internacionais de grande relevância no setor de logística e operações portuárias apresentaram propostas para desenvolver o ambicioso terminal de contêineres de Lien Chieu, em Danaang, com investimento estimado em US$ 1,8 bilhão. O processo de licitação representa um marco significativo para a modernização da infraestrutura portuária no Vietnã e promete transformar a região central do país em um polo logístico de classe mundial.
Os consórcios na disputa
A competição envolve três consortes de forte presença no mercado global de transporte marítimo. O primeiro reúne a empresa vietnamita Hateco Group, a Hateco Seaport Co. Ltd, também do Vietnã, e a holandesa APM Terminals B.V., especializada em operações terminais. O segundo consórcio associa a indiana Adani Ports and SEZ Ltd à vietnamita T&T Group, combinando expertise internacional com conhecimento local. O terceiro é formado pela Vietnam Maritime Corporation e pela Luxembourg-based Terminal Investment Limited.
Cronograma e perspectivas de implementação
Segundo Le Thanh Hung, diretor da junta de gestão de projetos de infraestrutura prioritária da cidade, a abertura das propostas está programada para 24 de dezembro. Caso o processo transcorra conforme o planejado, as obras de construção do terminal devem começar no primeiro trimestre de 2026, catalisando o desenvolvimento de um ecossistema logístico moderno e integrado na região central vietnamita.
Estrutura e dimensões do projeto Lien Chieu
O terminal de contêineres de Lien Chieu integra o Componente B do maior projeto portuário, que abrange 450 hectares e será localizado no bairro de Hai Van. O Componente A, referente à infraestrutura compartilhada, com investimento superior a VND 3,4 trilhões (aproximadamente US$ 128,91 milhões), foi financiado pelos orçamentos federal e municipal, iniciando as obras no final de 2022.
O projeto total divide-se em três zonas funcionais distintas. A primeira é justamente o terminal de contêineres, equipado com oito berços capazes de receber navios de até 200 mil DWT (toneladas de porte bruto), demandando US$ 1,8 bilhão em investimentos. A segunda zona destinada a cargas gerais e granel compreende seis berços para embarcações de 50 mil a 100 mil DWT, com orçamento de US$ 700 milhões. A terceira zona, dedicada a cargas líquidas e gasosas, requer US$ 213 milhões.
Avanço nas obras de infraestrutura básica
Recentemente, o Comitê Popular Municipal aprovou a extensão do cronograma do Componente A, modificando a data de conclusão de 2025 para 2026. Apesar do atraso, o progresso nas construções é considerado avançado: os quebraventos, muros de contenção, vias de acesso portuário e rotas de tráfego principal já atingiram aproximadamente 95% de conclusão.
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Data original da publicação: 03/12/2025
